Quando serei vacinado? – Tire aqui as suas dúvidas. - SOM DO MEU TEMPO

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26.1.21

Quando serei vacinado? – Tire aqui as suas dúvidas.

 


Como já sabemos e amplamente divulgado nos meios de comunicação de todo o País, as vacinas disponíveis da CoronaVac  e AstraZeneca/Oxford, ambas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já foram disponibilizadas para todo o Brasil, respeitando o Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, que conforme quantidade disponível, definiu os grupos prioritários para vacinação nessa primeira fase.

1 - Quais serão os grupos prioritários?



Em 22 de janeiro, o Ministério da Saúde incluiu novos grupos entre os prioritários da vacinação. Segundo o plano nacional de imunização atualizado, as prioridades da campanha são:

  • Pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas
  • Pessoas com deficiência institucionalizadas
  • Povos indígenas vivendo em terras indígenas
  • Trabalhadores de saúde
  • Pessoas de 60 anos ou mais
  • Povos e comunidades tradicionais ribeirinhas
  • Povos e comunidades tradicionais quilombolas
  • Pessoas com comorbidades
  • Pessoas com deficiência permanente grave
  • Pessoas em situação de rua
  • População privada de liberdade
  • Funcionário do sistema de privação de liberdade
  • Trabalhadores de educação
  • Forças de segurança, salvamento e Forças Armadas
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros
  • Trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário
  • Trabalhadores de transporte aéreo
  • Trabalhadores de transporte de aquaviário
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores portuários
  • Trabalhadores industriais

2 - Quais serão as fases de vacinação?

Na segunda versão do plano de imunização, o governo detalha apenas como será a primeira etapa de vacinação:

Serão 2,8 milhões de pessoas que receberão duas doses da CoronaVac (doses disponíveis). Estão neste grupo:

  • Trabalhadores da saúde na linha de frente contra a Covid-19;
  • Pessoas idosas (mais de 60 anos) residentes em instituições de longa permanência (institucionalizadas);
  • Pessoas a partir de 18 anos de idade com deficiência em Residências Inclusivas (institucionalizadas);
  • População indígena vivendo em terras indígenas.

Depois, preferencialmente, de acordo com a disponibilidade da vacina, novos grupos serão incluídos:

  • Equipes de vacinação que estiverem envolvidas na etapa das primeiras 6 milhões de doses;
  • Trabalhadores das Instituições de Longa Permanência de Idosos e de Residências Inclusivas (Serviço de Acolhimento Institucional em Residência Inclusiva para jovens e adultos com deficiência);

·       Trabalhadores dos serviços de saúde públicos e privados, tanto da urgência quanto da atenção básica, envolvidos diretamente na atenção/referência para os casos suspeitos e confirmados da Covid-19; outros trabalhadores de saúde.

Nesta atual versão do plano, demais prioritários e outros grupos continuam contemplados em uma futura etapa da vacinação, mas não há detalhamento de fases.


3 - É verdade que o Ministério da Saúde está fazendo um agendamento para receber a vacina?



Não. Em nota, o Ministério da Saúde disse que não realiza agendamento para aplicação de nenhum tipo de vacina, e nem envia códigos para celular dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).


 4 - Preciso me cadastrar em algum site, antes de tomar a vacina ?

 Não. Todas as pessoas serão vacinadas, mesmo que não apresentem algum documento. Basta comprovar que pertence ao grupo prioritário correspondente à fase da vacinação. No entanto, para fazer o controle, o Ministério da Saúde diz que é importante informar o número do CPF ou apresentar o Cartão Nacional de Saúde (CNS) – o Cartão do SUS.


Caso a pessoa não esteja cadastrada nas bases de dados do Ministério da Saúde, o profissional no posto de saúde poderá registrá-lo no momento do atendimento.

5 - Quais vacinas serão aplicadas no Brasil?



Por enquanto, duas vacinas foram aprovadas para uso emergencial: a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e a vacina de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

6 - Posso escolher qual vacina tomar? 



 Não. A princípio, o Brasil tem duas vacinas aprovadas e já em uso: a Coronavac, do Instituto Butantan, de São Paulo, e Oxford/AztraZeneca, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde. Outras poderão ser aprovadas futuramente. No entanto, no momento da vacinação será aplicado o imunizante que estiver disponível, de acordo com as doses enviadas pelo Ministério da Saúde. Ou seja, não haverá nenhuma possibilidade de escolha do laboratório.


 7 - Posso receber a primeira dose de um laboratório e a segunda de outro laboratório? Como será esse controle?

Não é recomendado que a pessoa receba doses de laboratórios diferentes, pois não há estudos que assegurem a resposta imunológica correta no caso de aplicação de vacinas distintas. Portanto, vai constar na Carteira da Vacinação qual dose foi aplicada na pessoa - não só o laboratório, mas também o lote. Dessa forma, os agentes de saúde poderão não só aplicar o imunizante correto, do mesmo laboratório, na segunda dose, como rastrear o lote caso haja efeitos colaterais severos em algum paciente.


8 - Por que a vacinação é importante?

Quanto mais gente se vacinar logo no início, mais fácil será tratar eventuais pessoas que ainda não receberam suas doses e precisarão, portanto, de atendimento médico.

As vacinas não garantem que o paciente não terá Covid-19 novamente, apenas diminuem a chance de infecção e também a gravidade da doença em relação às pessoas que não receberam. Por isso, mesmo os vacinados ainda poderão transmitir o coronavírus. O uso da máscara ainda será fundamental, assim como o isolamento.

"Nenhuma vacina é 100% eficaz. Você só consegue maior proteção quando a maior parte da população se vacina, porque quando tem muita gente vacinando, o vírus diminui a circulação e, então, acaba protegendo também quem não está vacinado. Por isso que não é 'toma quem quer'", disse Denise Garret, epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin de Vacinas.


9 - A vacina será gratuita?



Sim. A vacina será disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde, sem custos.

10 - Como vou comprovar que sofro de comorbidade para ter prioridade na vacinação? A quem entrego o atestado médico e como será feita essa avaliação?

As comorbidades que garantem prioridade na vacinação foram definidas por ordem de risco para complicações da Covid-19. A comprovação será pelo prontuário dos pacientes atendidos nas Unidades de Saúde.

Porém, pessoas que não têm vínculo com as Unidades de Saúde deverão apresentar, via o aplicativo da prefeitura Saúde Já, a indicação médica, exames ou receitas de medicamentos emitidos nos últimos 90 dias que comprovem a comorbidade. Após essa documentação ser analisada, a Secretaria Municipal da Saúde fará o agendamento da vacinação também pelo aplicativo Saúde Já, por ordem de idade dos mais velhos para os mais novos.


11 - Após ser vacinado, por quanto tempo ficarei imunizado?

As vacinas de Covid-19 aplicadas no mundo todo ainda são de caráter emergencial. Para determinar a eficácia de duração dos imunizantes é preciso o acompanhamento por meio de pesquisas dos vários grupos vacinados.

12 - Com a vacina, vou poder relaxar nas medidas de prevenção da doença?



Não. O uso de máscaras, distanciamento social, higiene das mãos são medidas necessárias mesmo após a vacina. Mesmo com a chegada da vacina, ainda estamos muito distantes do fim da pandemia. Ou seja, ainda não poderemos relaxar nessas medidas, que só serão aliviadas na medida em que a vacinação seja ampliada para todos os grupos, sem exceção.


13 - A vacinação contra a Covid-19 acabará com o coronavírus?

Ainda não se sabe. Em maio, a OMS afirmou que não há como prever quando se o coronavírus irá desaparecer um dia, mesmo com uma vacina.

Porém, ainda que a vacina não seja capaz de fazer o vírus desaparecer, ela será capaz de interromper as cadeias de transmissão e conter a disseminação entre as populações.

A previsão dos cientistas e da própria OMS é que o coronavírus se torne endêmico: à exemplo do que ocorre com o Influenza, que infecta novas pessoas todos os anos, o vírus continuará em circulação infectando aqueles que estiverem suscetíveis à Covid-19.

14 - Posso ser infectado pelo coronavírus ao tomar a vacina?



Não, pois nenhuma vacina em testes contém o vírus vivo. “A vacina contra a Covid-19 é uma ‘vacina morta’, ou seja, são inativadas, não contém o vírus vivo. Portanto, é impossível você ser infectado ao se vacinar”, explica Ribeiro.

15 - A vacinação será obrigatória?



Na prática, as vacinas no Brasil já são 'obrigatórias'. Em diversos estados e cidades brasileiras, quem quiser matricular filhos em colégios públicos, por exemplo, precisa mostrar cadernetas de vacinação em dia. A necessidade de apresentação de caderneta também é obrigatória para quem quer disputar cargos públicos no Brasil e imunização em dia é ‘condição necessária’ para quem se inscreve no Bolsa Família. Outro exemplo de “obrigatoriedade” é a vacina de febre amarela. Segundo a OMS, 127 países exigem a vacinação contra a doença.


Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a aplicação de medidas restritivas para quem se recusar a se vacinar contra a Covid-19. Eles entenderam que essas medidas são necessárias porque a saúde coletiva não pode ser prejudicada por decisão individual.


16 - Quando teremos imunidade de rebanho com a vacinação?

Ainda é difícil de definir o prazo para atingir a imunidade de rebanho das vacinas contra a Covid-19. Um dos motivos é a falta de definição de qual será a quantidade de doses por mês no Brasil, além de uma certa incerteza dos cientistas com relação à porcentagem da população que é necessária para barrar a transmissão.


A imunidade de rebanho acontece quando muitas pessoas adquirem anticorpos ou uma resposta imunológica a uma determinada doença infecciosa. O agente patogênico passa a encontrar menos pessoas sem imunidade e encontra dificuldade em se propagar, ou seja a cadeia de transmissão da enfermidade é interrompida.


17 - Não sou grupo de risco, não sei quando serei vacinado pelo SUS. Poderei comprar a vacina em uma clínica particular?

Ainda não há uma previsão de quando as clínicas particulares conseguirão comprar lotes das vacinas contra a Covid-19 que forem aprovadas no Brasil.

A orientação dos órgão de saúde nacionais e internacionais é que todas as doses produzidas pelos laboratórios neste primeiro momento sejam direcionadas aos governos, com a finalidade de garantir que as pessoas dos grupos de risco sejam imunizadas o mais breve possível.


Já existe um debate político sobre o tema, mas todos especialistas consideram que neste momento, a prioridade dos laboratórios sejam priorizar o atendimento emergencial do SUS, seguindo o Plano de Vacinação do Governo, o que não impede, mais a frente, que essa proposta de vacinação em clínicas particulares não possa ser considerada também.

18 - Posso parar de usar máscara depois de me vacinar?



Não é recomendado. Isso porque a vacina, mesmo após as duas doses, não produz uma resposta imunológica imediatamente — isso pode levar dias. Ainda assim, nenhuma vacina garante 100% de imunidade, apesar de diminuir as chances de internações e casos graves da doença. Para que a vida volte ao normal, onde não se usa máscara e aglomerações são permitidas, é preciso alcançar a imunidade de rebanho. Isso só vai acontecer quando uma boa parcela da população for imunizada. Essa data ainda é difícil de ser prevista porque depende do número de doses que o Brasil vai poder aplicar por mês e também as taxas de eficácia. Em geral, quanto menor a taxa de eficácia (que precisa ser de, no mínimo, 50%) mais pessoas precisam ser vacinadas. Como o uso emergencial prevê a imunização apenas para uma parcela pequena da população (grupos de risco), isso deve frear o número de casos e óbitos em alguns meses, mas não o suficiente para parar o vírus a curto prazo.

Fontes: Ministério da Saúde - OMS - ANVISA - Fundação Oswaldo Cruz

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