A Eterna Pimentinha - Elis Regina, se estivesse viva, completaria hoje, 79 anos. - SOM DO MEU TEMPO

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17.3.24

A Eterna Pimentinha - Elis Regina, se estivesse viva, completaria hoje, 79 anos.


"Lilica" para os íntimos, entre os amigos ela era a “Pimentinha” e para o grande público “Elis”, simplesmente “Elis”, completaria hoje, se estivesse viva,  79 anos.

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Elis Regina Carvalho Costa, mais conhecida como "Elis Regina", foi uma famosa cantora e compositora Brasileira, a qual nasceu na cidade de Porto Alegre, capital no Rio Grande do Sul, em 17 de Março de 1945, onde começou sua carreira como cantora aos onze anos de idade em um programa de rádio para crianças chamado "O Clube do Guri", na Rádio Farroupilha, apresentado por Ari Rego.



VÍDEOS E ÁUDIOS #

Em 1959 foi contratada pela Rádio Gaúcha e, no ano seguinte, viajou ao Rio de Janeiro, onde gravou seu primeiro disco, "Viva a Brotolândia". Lança ainda mais dois três discos, enquanto morava em Porto Alegre.
Em 1964 parte para o eixo "Rio-SP", e, em 1965, vence o Primeiro Festival da MPB, promovido pela Excelsior, lançando-se nacionalmente. No mesmo ano, assume ao lado de Jair Rodrigues, o comando do programa O Fino da Bossa, que ficaria no ar até 1967, com grande sucesso.


Em 1968, uma viagem à Europa a lança no eixo musical internacional.
Elis Regina criticou muitas vezes a ditadura brasileira, que perseguiu e exilou muitos músicos em sua época.
Em entrevista, no ano de 1969, declarou que o Brasil era governado por "gorilas".
Sua popularidade a manteve fora da prisão, mas chegou a ser obrigada pelas autoridades a cantar o hino nacional durante um espetáculo em um estádio, fato que despertou a ira da esquerda brasileira.

Segundo a análise de alguns, era conhecida por sua primazia pela técnica e qualidade musical de seus discos, também se notabilizou por lançar boa parte dos grandes nomes da MPB, como Milton Nascimento, Renato Teixeira, João Bosco e Aldir Blanc, Sueli Costa, entre outros.

Durante a carreira, Elis foi protagonista direta e indiretamente de uma série de polêmicas.
Uma dessas viria por parte de seus muitos fãs, os quais sempre cultivaram uma rivalidade com os fãs da cantora Maria Bethânia, devido ao eterno debate, o qual existe até hoje e não teve fim sobre qual seria a maior cantora da história do Brasil.

Aparentemente Elis parecia dar mais importância a esse debate que Bethânia, sendo que no começo dos anos 80, mais precisamente no ano de 1981 em um especial para rede Globo, resolveu declarar Gal Costa a maior cantora do país.

Bethânia mais reservada, nunca se pronunciou sobre esse debate, inclusive se declara, até hoje, fã de Elis, isso desde sua entrevista no Pasquim de 5 de Setembro de 1969 quando deu nota 10 para Elis Regina.
Poucos anos atrás quando Bethânia regravou a canção "Romaria" (sucesso na voz de Elis) e em entrevista coletiva reafirmou ser grande admiradora de Elis.

Sempre engajada politicamente, Elis participou de uma série de movimentos de renovação política e cultural brasileira, com voz ativa da campanha pela Anistia de exilados brasileiros.
O despertar de uma postura artística engajada e com excelente repercussão acompanharia toda a carreira, sendo enfatizada por interpretações consagradas de O bêbado e a equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc), a qual vibrava como o hino da anistia.


A canção coroou a volta de personalidades brasileiras do exílio, a partir de 1979.
Um deles, citado na canção, era o irmão do Henfil, o Betinho, importante sociólogo brasileiro.
Também merece destaque, o fato de Elis Regina ter se filiado ao PT, em 1981.
Outra questão importante se refere ao direito dos músicos brasileiros, polêmica que Elis encabeçou, participando de muitas reuniões em Brasília. Além disso, foi presidente da Assim, Associação de Intérpretes e de Músicos.


Elis é mãe de João Marcelo Bôscoli (fruto de seu casamento com o músico Ronaldo Bôscoli), de Pedro Camargo Mariano e Maria Rita, filhos do pianista César Camargo Mariano.
Os três enveredaram pelo ramo da música.

Elis Regina morreu em 19 de janeiro de 1982, aos 36 anos.





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