Há 60 anos, nascia Whitney Houston (in memoriam) - SOM DO MEU TEMPO

Destaque

9.8.23

Há 60 anos, nascia Whitney Houston (in memoriam)

 

Whitney Elizabeth Houston nasceu em uma família musical no dia 9 de agosto de 1963 em Newark, New Jersey: filha da cantora gospel Cissy Houston, prima de Dionne e Dee DeeWarwick e afilhada de Aretha Franklin.

Em seus 48 anos de vida e 26 de carreira, a cantora de rithm & blues, pop, soul e gospel; atriz, empresária, modelo e produtora, é a artista feminina mais premiada, segundo o Livro dos Recordes (Guiness World Records).

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Whitney está entre as grandes artistas do século XX, é considerada entre as 500 maiores de todos os tempos, de acordo com a revista Rolling Stones, e uma das mais bem sucedidas do mundo da música.

A artista aparece como a terceira colocada na lista das “50 Maiores Mulheres da Era do Vídeo” da VH1, canal de TV por assinatura americano, atrás de Madonna e Janet Jackson; ocupa a posição 116 na lista dos “200 Maiores Ícones da Cultura Pop de Todos os Tempos”, e está na nona posição na lista dos “Maiores Artistas de Todos os Tempos”, da revista Bilboard, lançada por ocasião do cinquentenário da parada de compactos Hot 100 dos EUA.

Em 2007, o jornal USA Today afirma que a chegada de Whitney na indústria fonográfica é um dos vinte e cinco marcos musicais dos últimos 25 anos. Seu primeiro álbum é de 1985, mas em 1978 já cantava profissionalmente como backing-vocal na noite nova-iorquina, acompanhada por sua mãe.

Reconhecida internacionalmente por seu talento, voz marcante e lendária, capaz de alcançar cinco oitavas, frequentemente era chamada de “A Voz” e comparada a grandes artistas, como Frank Sinatra, Aretha Franklin e Elvis Presley.

Houston vendeu mais de 200 milhões de álbuns, compactos e vídeos em todo o mundo. Lançou sete álbuns de estúdio e três trilhas sonoras de filmes, todos certificados com diamante, multiplatina, platina e ouro pela Recording Inudustry Association of América (RIAA), organização que representa as gravadoras nos EUA.

Sucessos e prêmios

As paradas de sucesso sempre foram o lugar de Whitney Houston. Ela é a única mulher com sete compactos consecutivos a atingirem a primeira posição nas paradas de sucessos dos EUA, superando recordes anteriores realizados pelos Beatles e Bee Gees, e a única artista com três álbuns a permanecer no topo do Top 200 da Billboard por mais de 10 semanas – “Whitney Houston” (14 semanas), “Whitney” (11), e “The Bodyguard” (20). E, ainda, a primeira cantora a ter três compactos no primeiro lugar com um único álbum (Whitney Houston”, de 1985) e a ter quatro compactos no primeiro lugar com um único álbum (“Whitney”, de 1987).

Mas não para por aí. É conquista de Whitney Houston:

• A mais longa estadia no número um da Billboard Top Gospel Albuns Chart com “The Preacher’s Wife” (26 semanas).

• Cinco álbuns em primeiro lugar na Billboard 200 dos EUA – “Whitney Houston”, “Whitney”, “The Bodyguard”, “Wainting To Exhale” e “I Look to You”.

• Mais de 50 semanas acumuladas em 1º lugar na Billboard Hot 200.

• 32 canções no Top 10 da Billboard.

• 19 compactos em primeiro lugar mundialmente.

Seu compacto “I Will Always Love You” é o mais vendido de uma cantora na história da música de todos os tempos. Foram 20 milhões de cópias. Sucesso global! Atingiu o primeiro lugar em quase todos os países do mundo. Assim, ela tornou-se a primeira mulher com um único sucesso a alcançar o maior nível de venda da história da RIAA e dos EUA.

A lista de prêmios conquistados também não é pequena: 425 no total. É seu o recorde, juntamente com Michael Jackson, de oito American Music Awards vencidos numa única noite – na sua carreira foram 22 ao todo.

Em um único ano, o de 1993, Whitney conquistou onze dos seus 31 Bilboard Music Awards. Outro recorde que leva o seu nome é o de mais World Music Awards vencidos em uma única edição – cinco prêmios no 6th WMAS, em 1994.

Bom coração

Durante a Guerra do Golfo Pérsico, em 27 de janeiro de 1991, Whitney cantou o hino americano na abertura do Super Bowl XXV (campeonato da principal liga do futebol americano), no Tampa Stadium. Sua performance de “The Star Spangled Banner” colocou, pela primeira vez, o hino nacional dos EUA no Top 20 da lista de US Hot 100.

Lançado como compacto, o disco vendeu um milhão de cópias. Whitney doou o dinheiro das vendas para a Cruz Vermelha.

Dez anos depois, devido aos ataques terroristas do 11 de setembro, o compacto “The Star Spangled Banner” foi relançado e se tornou top de vendas nas paradas dos EUA em outubro do mesmo ano, arrecadando mais de um milhão de dólares. O dinheiro foi doado para fundos de apoio aos bombeiros e para a polícia de Nova York.

Além de fazer doações e se engajar em campanhas como a do apartheid, a artista mantinha a Fundação Whitney Houston for Children voltada a crianças carentes e vítimas de aids e câncer.

Seu trabalho filantrópico foi reconhecido. Em 1997, ela recebeu o “The First Annual Triumphant Spirit Awards” da Essence Magazine e, em 1998, o Trumpet Awards – todos em reconhecimento ao seu trabalho humanitário, entre outros prêmios.

Quebra de barreiras

O talento de Whitney Elisabeth Houston foi descoberto aos 11 anos, quando cantava com o coral gospel da Igreja Batista New Hope. Aos 15 anos, já se apresentava como backing vocal, acompanhada por sua mãe. Aos 18, apareceu na capa da revista Seventeen – feito inédito para jovens negras – e, aos 20, assinou contrato com a gravadora que a acompanharia em toda a sua carreira, a Arista Records.

primeiro álbum, “Whitney Houston”, lançado em 1985, se tornou o mais vendido por uma artista estreante. Várias músicas, incluindo “Saving All My Love For You”, “Good Love” e “The Greatest Love of All”, conquistaram as paradas de sucesso. O álbum vendeu três milhões de cópias nos EUA e 25 milhões de cópias em todo o mundo, o que lhe valeu, também, o primeiro de seus sete Grammys.

“Whitney Houston, o disco,” está na lista dos “500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos” da revista Rolling Stone e na lista dos 200 álbuns definitivos do “Rock and Roll Hall of Fame”.

Seu segundo álbum,  de 1987, “Whitney”, foi o primeiro a estrear no topo dos mais vendidos nos Estados Unidos e no Reino Unido simultaneamente.

A cantora também responsável pela quebra da barreira da cor na MTV que, durante a década de 1980, recebeu dura crítica por não produzir vídeos de artistas negros. Michael Jackson fez pelos negros o que Whitney fez pelas negras.

Depois de Whitney e o sucesso do vídeo de “How Will I Know”, exibido à exaustão pela MTV, outras artistas afroamericanas como Janet Jckson e Anita Baker ganharam espaço. Anita Baker, inclusive, comentou que por causa do que Whitney fez, houve uma aceitação maior ao seu trabalho e as estações de rádio também deixaram de ser tabu para cantoras negras.

O jornal The New York Times, na época, afirmou que Whitney foi um ícone importante para o movimento da música negra.

Na tela grande

Mas foi “The Bodyguard” (“O Guarda-Costas”), de 1992, filme no qual fez par romântico com Kevin Costner, que confirmou Whitney Houston como uma das artistas mais vendidas de todos os tempos.  

“The Bodyguard” é primeira trilha sonora a vender mais de um milhão de cópias em apenas uma semana; seis milhões em dois meses e 45 milhões, em todo o mundo, em uma década, a de 1990!!! Detalhe: foi o primeiro álbum pop a vender um milhão de cópias na Coréia!

Assim, Whitney Houston transformou-se na primeira artista, mulher negra, a ter a maior certificação inicial de qualquer álbum pela organização das gravadoras americanas, RIAA, a cantora mais vendida da história da música. E o sucesso foi além das vendas.

A trilha sonora original do filme permaneceu 20 semanas consecutivas em primeiro lugar no Top 200 da Billboard e ganhou o Grammy 1994 de Álbum do Ano, pelas vertiginosas vendas. O álbum é o único de uma artista entre os cinco mais vendidos de todos os tempos, ocupando o quarto lugar. E o filme é o que mais fez sucesso tendo uma cantora como protagonista. Pioneira!

O cover da música de Dolly Parton, “I Will Always Love You” superou outros álbuns, permanecendo no topo do Hot 100 nos EUA por 14 semanas e 9 semanas, simultaneamente, no top hit no Reino Unido e na Austrália. Algo que nunca havia ocorrido antes.

Isso sem contar que “I Will Always Love You” é considerado o maior hit dos anos 1990; a segunda música de maior sucesso da história; o compacto mais vendido de 1992; a música mais executada entre 1992 e 1993 e a única canção da década de 1990 de uma cantora a ser a número um no top hit australiano.

No cinema, ainda, Whitney Houston estrelou e contribuiu para a trilha sonora dos filmes “Waiting to Exhale”, de 1995; “The Preacher’s Wife”, de 1996, e “Sparkle”, de 2012. Teve participação especial em “Boston Public”, de 2003, e “Noras Hair Salon”, de 2004. Produziu e foi protagonista do musical de TV, “Cinderella”, de 1997, entre outros trabalhos.

O fim

A última apresentação de Whitney Houston acontece em 9 de fevereiro de 2012, quando canta “Jesus Loves Me“. Dois dias depois, a artista é encontrada morta em um quarto de hotel, submersa na banheira. Na cena, ainda, álcool e drogas.

Whitney Huston foi casada com o cantor Bobby Brown, com quem teve uma filha, Bobbi Kristina, que morreu aos 22 anos, em condições semelhantes à da mãe.

Mais ineditismos

Pioneira! Pioneira! Pioneira! Assim é a história de Whitney Houston. pioneira.   Uma vida de desafios e conquistas inéditas, inesperadas, como mulher, negra, artista.

Abaixo, mais conquistas listadas no site Wikipedia:

• Artista feminina com mais American Music Awards ganhos de todos os tempos, num total de vinte e dois.

• Prêmio especial do World Music Awards, por ser a artista de maior vendagem de 1994.

• Primeira mulher a ter dois álbuns diamante – “Whitney Houston” e “The Bodyguard”.

• Recorde de 25 Billboard Music Awards conquistados

• 20 Compactos de Ouro e 7 Compactos de Platina.

• Álbum Gospel mais vendido da história – “The Precher’s Wife”.

• Audiência recorde, de mais de 60 milhões de espectadores, para um artista negra no filme musical de TV “Cinderella”. Só perdeu para Evita protagonizado por Madonna.

• 19 compactos em primeiro lugar mundialmente.

• O compacto “Exhale” (Shoop Shoop) permaneceu na segunda posição dos mais vendidos – 11 semanas.

• Sete álbuns consecutivos multiplatina – “Whitney Houston”, “Whitney”, “I’m Your Baby Tonight”, “The Bodyguard”, “Waiting to Exhale”, “The Preacher’s Wife”, “My Love is Your Love”.

• Mulher mais premiada da história certificada pelo Livro dos Recordes (Guinness World Record) em 2006.

• Artista que mais músicas teve interpretadas no American Idol – mais de 1.150 das 70.000 audições durante o show da terceira temporada. A canção “I Have Nothing” foi interpretada na final seis vezes, mais do que qualquer outra.

História de cinema

Whitney Houston teve vida física curta, mas é lenda. Sua história é contada em documentários e filmes que apontam para a impossibilidade de existir, sendo quem sempre foi! Mulher, preta, do subúrbio, com todas as dores ancestrais de seu povo, sem pré-conceitos, livre para o amor.

Em 12 de janeiro de 2023, “I Wanna Dance With Somebody – A História de Whitney Houston” chega às salas de cinema e mantém quase invisível a mulher por trás da lenda, foca mais nos grandes momentos da carreira do que no sentir do ser humano que sustenta a estrela.

Até a sua paixão não-assumida publicamente com Robyn Crawnford, sua melhor amiga e diretora criativa, de acordo com a diretora Kasi Lemmonm, teve de ser negociada. Mas foi além de um beijo romântico, o que é muito mais que a exaustão de ser mulher negra, apenas citada no filme.

E nesta exaustão, também, o sustentar todos à sua volta – uma realidade também presente na história de outra mulher de sucesso, Viola Davis.


FontesJubilee CastThe TideThe PioneerWikipedia, Whitney Houston: The Greatest Love of All (livro)

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