Roberto Carlos Braga (Cachoeiro de Itapemirim, 19 de abril de 1941) é um cantor e
compositor brasileiro.
É o artista latino-americano que teve mais discos vendidos e o cantor
brasileiro que mais vendeu discos no mundo. Em 45 anos de carreira, completados
em 2008, vendeu cerca de duzentos milhões de álbuns. Os temas que mais aparecem
em suas composições (em parceria com Erasmo Carlos) são o amor e a fé.
Uma coletânea com os mais lindos sucessos do Rei, para ouvirmos
e recordarmos momentos especiais em nossas vidas, na voz do eterno romântico,
Roberto Carlos.
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VÍDEOS COM ÁUDIOS:
Biografia
Infância
Nascido no interior do Espírito Santo, é o quarto e último filho do relojoeiro
Robertino Braga e da costureira Laura Moreira. A família morava no bairro do
Recanto, numa casa modesta, no alto de uma ladeira. Os demais membros da
família eram: Lauro Roberto Braga, Carlos Alberto Braga e Norma Moreira Braga,
a qual Roberto Carlos carinhosamente chamava Norminha.
Apelidado na infância como "Zunga", ainda criança aprendeu a tocar
violão e piano - a princípio com sua mãe e, posteriormente, no Conservatório
Musical de Cachoeiro de Itapemirim. O ídolo na época era Bob Nelson, um artista
brasileiro que se vestia de cowboy e cantava música "country" em
português.
Incentivado pela mãe, cantou pela primeira vez em um programa infantil na Rádio
Cachoeiro de Itapemirim, aos nove anos. Apresentou-se cantando o bolero
"Amor y más amor". Como prêmio pelo primeiro lugar, recebeu balas. O
cantor recordaria anos depois o momento, relatado na obra "Roberto Carlos
em Detalhes", de Paulo Cesar de Araújo: "Eu estava muito nervoso, mas
muito contente de cantar no rádio. Ganhei um punhado de balas, que era como o
programa premiava as crianças que lá se apresentavam. Foi um dia lindo." Tornou-se
então presença assídua do programa, todos os domingos.
Durante a infância sofreu um acidente ferroviário, que feriu gravemente
sua perna, que teve de ser amputada, substituida por uma prótese.
IInício: mudança para o Rio de Janeiro
Na segunda metade dos anos cinqüenta, mudou-se para Niterói. Seguindo a
tendência juvenil da época, entrou em contato com um novo ritmo musical, o
Rock, passando a ouvir Elvis Presley, Little Richard, Gene Vincent e Chuck
Berry.
Em 1957, Arlênio Lívio, um colega de escola, levou Roberto Carlos para
conhecer um grupo de amigos que se reunia na Rua do Matoso, no bairro da
Tijuca, no Rio de Janeiro. Lá conheceu Sebastião (Tim) Maia, Edson Trindade,
José Roberto "China" e Wellington. Formou com Arlênio, Trindade e
Wellington o primeiro conjunto musical, os "Sputniks". Certa vez, ele
precisava da letra de "Hound Dog" - e o grande fã de Elvis Presley
daquela turma de amigos era Erasmo (Carlos) Esteves. Desta forma, Roberto
Carlos conheceu aquele que se tornaria o maior parceiro musical.
Tim Maia saiu dos Sputiniks e o grupo foi desfeito.
Edson Trindade, Arlênio e China formaram o grupo The Snakes, chamando Erasmo
para ser crooner.
The Snakes acompanhavam tanto Roberto Carlos quando Tim Maia, contudo ambos
nunca fizeram parte do grupo, Roberto Carlos passou a se apresentar com
freqüência em clubes e festas. Roberto foi convidado por Carlos Imperial a se
apresentar no programa musical "Clube do Rock", da TV Tupi. Carlos
Imperial costumava apresentar Roberto Carlos como o "Elvis brasileiro"
e Tim Maia como o "Little Richard brasileiro". No final daquela
década, Roberto gravou alguns compactos e iniciava sua carreira oficialmente.
Em 1959, Roberto Carlos lançou "João e Maria/Fora do Tom", um
compacto simples. Dois anos depois, ele lançava o primeiro álbum, "Louco
Por Você". Imperial compôs boa parte das canções deste disco. O LP não
teve sucesso, e hoje Roberto Carlos renega este LP.
Anos 1960: a Jovem Guarda
Roberto Carlos insistiu em investir na música jovem da época, o rock, e em 1962
lançou "Splish Splash". Com o amigo Erasmo, Roberto compunha versões
de hits do álbum e canções próprias como "Splish Splash" e
"Parei na Contramão", que se tornaram grandes sucessos. No ano
seguinte, o cantor novamente esteve nas paradas de sucesso com o LP É Proibido
Fumar, em que, além da faixa-título, destacou-se a canção "O
Calhambeque". Assim nascia a Jovem Guarda.
Conhecido nacionalmente, Roberto Carlos começou a apresentar o programa Jovem
Guarda em 1965, da TV Record, ao lado de Erasmo Carlos e Wanderléa. O programa
popularizou ainda mais o movimento e consagrou o cantor, que se tornou um dos
primeiros ídolos jovens da cultura brasileira. Ainda em 1965, foram lançados os
álbuns "Roberto Carlos Canta Para A Juventude" - com sucessos
"História de Um Homem Mau", "Os Sete Cabeludos", "Eu
Sou Fã do Monoquini" e "Não Quero Ver Você Triste", parcerias
com Erasmo Carlos - e "Jovem Guarda", com os sucessos "Quero Que
Vá Tudo Pro Inferno", "Lobo Mau", "O Feio" (de Getúlio
Côrtes) e "Não é Papo Pra Mim".
Em 1966, Roberto Carlos apresentou os programas "Roberto Carlos à
Noite", "Opus 7", "Jovem Guarda em Alta Tensão" e
"Todos os Jovens do Mundo", todos de vida efêmera e da TV Record. Mas
o que mais marcaria aquele ano seria uma briga por motivos profissionais, que
quase colocou fim à parceria entre Roberto e Erasmo Carlos. A razão da
separação foi uma falha da produção do programa "Show em Si...
Monal", da TV Record, que homenageava Erasmo. A produção do programa havia
preparado um pot-pourri com as composições mais famosas de Erasmo, entre as
quais "Parei na Contramão" e "Quero Que Vá Tudo Pro
Inferno". O problema criado foi que estas canções foram compostas em
parceria com Roberto Carlos, mas se deu créditos unicamente a Erasmo. Os dois
se desentenderam, e a parceria ficou suspensa por mais de um ano. Neste
período, Roberto compôs "Querem Acabar Comigo" e "Namoradinha de
um Amigo Meu", que foram lançadas no LP "Roberto Carlos" daquele
ano (o disco ainda tinha os sucessos "Eu Te Darei o Céu",
"Esqueça" (versão de Roberto Corte Real), "Negro Gato" (de
Getúlio Côrtes) e "Nossa Canção" (de Luiz Airão).
Em 1967, a amizade Erasmo-Roberto seguia estremecida, embora os dois
apresentassem - junto com Wanderléa - o programa "Jovem Guarda", na
TV Record. Roberto Carlos compôs sozinho sucessos como "Como É Grande O
Meu Amor Por Você", "Por Isso Corro Demais", "Quando"
e "de Que Vale Tudo Isso", que seriam lançados no LP "Roberto
Carlos Em Ritmo de Aventura", trilha sonora do filme homônimo, lançado no
ano seguinte, e que teve produção e direção de Roberto Farias e elenco com José
Lewgoy e Reginaldo Farias. O filme tornou-se um grande sucesso de bilheteria do
cinema nacional. A relação entre Erasmo e Roberto Carlos voltaria ao normal por
causa de "Em Ritmo de Aventura". Envolvido com diversos compromissos
profissionais, Roberto não conseguia finalizar a letra da canção de "Eu
Sou Terrível", que seria a faixa inicial da trilha sonora do
longa-metragem. Então, ele pediu auxílio ao velho parceiro Erasmo Carlos, que o
ajudou a finalizar a letra. Assim, a amizade e a parceria dos dois foram
retomadas. Ainda naquele ano, Roberto Carlos fez em Cannes (França) os
primeiros espetáculos no exterior e participou de alguns festivais de Música
Popular Brasileira. Com "Maria, Carnaval e Cinzas" (de Luís Carlos
Paraná), o cantor ficou em quinto lugar. Algumas pessoas hostilizaram a
presença de um ícone da Jovem Guarda - tido como "alienado" sob a
óptica da época.
Em 1968 foi lançado o LP "O Inimitável". Disco de transição na
carreira do cantor, o álbum teve influências na black music estadunidense e
emplacou vários sucessos, como "Se Você Pensa", "Eu Te Amo, Te
Amo, Te Amo", "É Meu, É Meu, É Meu", "As Canções que Você
Fez Pra Mim" (todas parcerias com Erasmo Carlos), "Ciúme de
Você" (de Luiz Ayrão) e "E Não Vou Deixar Você Tão Só" (de
Antônio Marcos). Ainda naquele ano, Roberto Carlos se tornaria o primeiro e
único brasileiro a vencer o Festival de San Remo (da Itália), com a canção
"Canzone Per Te", de Sergio Endrigo e Sergio Bardotti, e se casaria,
em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), com Cleonice Rossi, mãe dos filhos
Roberto Carlos Segundo (o Segundinho, mais conhecido como Dudu Braga, nascido
em 1969), e Luciana (nascida em 1971).
A mudança de estilo do cantor viria definitivamente em 1969. O álbum "Roberto
Carlos" foi marcado por um maior romantismo em lugar dos tradicionais
temas juvenis típicos da Jovem Guarda. Entre os sucessos deste LP estão
"As Curvas da Estrada de Santos", "Sua Estupidez" e
"As Flores do Jardim da Nossa Casa", todas parcerias com Erasmo
Carlos. Ainda naquele ano, foi lançado o "Roberto Carlos e o Diamante
Cor-de-Rosa", segundo filme dirigido por Roberto Farias e novo êxito de
bilheteria.
Anos 1970: fase romântica

A partir da década de 1970, marcaria o fim da Jovem Guarda e consolidaria o
prestígio de Roberto Carlos como intérprete romântico no Brasil e no exterior
(Estados Unidos, Europa e América Latina). O cantor seria o artista brasileiro
que mais venderia discos no país. Várias das suas canções foram gravadas por
artistas como Julio Iglesias, Caravelli e Ray Conniff.
Em 1970, o cantor fez uma bem-sucedida temporada de shows no Canecão. No final
daquele ano, foi lançado o álbum anual, que trouxe sucessos como
"Ana", "Vista a Roupa Meu Bem" e "Jesus Cristo" ,
canção que também marcava sua aproximação com a religião.
No ano seguinte, foi lançado "Roberto Carlos a 300 km por Hora", o
último filme e também um grande sucesso nacional. Ainda em 1971, foi lançado
"Roberto Carlos", disco contou com os sucessos "Detalhes",
"Amada Amante","Todos Estão Surdos", "Debaixo dos
Caracóis dos Seus Cabelos" (homenagem a Caetano Veloso) e "Como Dois
e Dois" (de Caetano).
O álbum "Roberto Carlos", de 1972, repercutiu com "A
Montanha" e "Quando as Crianças Saírem de Férias",além de ter
sido o primeiro LP a atingir a marca de um milhão de cópias vendidas; e
"Roberto Carlos", de 1973, com "Rotina" e
"Proposta". Em 24 de dezembro de 1974, a Rede Globo exibiu um
especial do cantor, que obteve um enorme índice de audiência. A partir daquele
ano, o programa seria veiculado anualmente, sempre no final do ano.
Em 1975, o grande sucesso seria "Além do Horizonte". No ano seguinte,
o cantor gravaria o novo LP nos estúdios da CBS em Nova Iorque. O álbum lançou
as canções "Ilegal, Imoral ou Engorda" e "Os Seus Botões".
Em 1977, Roberto Carlos gravou "Muito Romântico" (de Caetano Veloso)
e "Cavalgada", lançadas no disco natalino e que alcançaram os
primeiros lugares nas paradas musicais.
No ano seguinte, foi lançado "Roberto Carlos", de 1978, de onde se
destacaram as famosas "Café da Manhã", "Força Estranha" (de
Caetano Veloso) e "Lady Laura"- esta última dedicada a sua mãe. O
disco vendeu um milhão e quinhentas mil cópias. Além de álbuns que vendiam mais
de 1 milhão de cópias por ano, os shows de Roberto Carlos eram também
disputados: em 1978, o cantor percorreu o país por seis meses, sempre com casas
lotadas.
Quando visitou o México em 1979, o papa João Paulo II foi saudado com a canção
"Amigo", cantada por um coro de crianças. O evento foi transmitido ao
vivo para centenas de milhões de pessoas no mundo. Também naquele ano, o
casamento com Cleonice se desfez, iniciando um romance com a atriz Mirian Rios,
e se engajou da ONU em prol do Ano Internacional da Criança.
Anos 1980: reconhecimento internacional
No início da década de 1980, participou de outra campanha, dessa vez para o Ano
Internacional da Pessoa Deficiente. Em 1981, o cantor fez excursões
internacionais e gravou o primeiro disco em inglês - outros seriam lançados em
espanhol, italiano e francês. Também gravou o disco anual, que contou com
sucessos como "Emoções", "Cama e Mesa" e "As
Baleias".
Em 1982, recebeu da gravadora CBS o Prêmio Globo de Cristal, oferecido aos
artistas que ultrapassam a marca dos cinco milhões de discos vendidos fora do
país de origem. Ainda naquele ano, Maria Bethânia participou do álbum anual, no
dueto "Amiga". Era a primeira vez que o cantor convidava um outro
artista para participar das gravações do disco. Roberto Carlos (1982) ainda
teve o sucesso "Fera Ferida", outra parceria com Erasmo.
Em 1984, sua canção "Caminhoneiro" foi executada mais de três mil
vezes nas rádios do país em um único dia e, no ano seguinte, "Verde e
Amarelo" bateria esta marca ao ser tocada três mil e quinhentas vezes.
Ganhou em 1988 o Grammy de Melhor Cantor Latino-americano e, no ano seguinte,
atingiu o topo da parada latina da Billboard. Ainda em 1989, teve grande
repercussão com "Amazônia". No tradicional especial de fim de ano da
Rede Globo cantou sucessos como Outra vez ao lado de Simone.
Anos 1990: campeão de vendas e morte de Maria Rita

Durante a década de 1990, o sucesso de Roberto Carlos prosseguiu tanto em nível
nacional quanto internacional. Em 1994,Roberto Carlos conseguiu bater os
Beatles em vendagens na América Latina, vendendo mais de 70 milhões de discos.
O cantor Roberto Carlos cumprimenta o Papa João Paulo II durante a sua visita
ao Brasil, em 1997.Em 1995, liderados por Roberto Frejat, grandes nomes do
pop-rock brasileiro como Cássia Eller, Chico Science & Nação Zumbi, Barão
Vermelho e Skank homenagearam Roberto Carlos com a gravação de canções da época
da Jovem Guarda. Ainda naquele ano, o cantor casou-se com a pedagoga Maria Rita
Simões Braga. No ano seguinte, Roberto Carlos emplacou mais um sucesso em
parceria com Erasmo Carlos: "Mulher de 40". Já em 1997, foi lançado o
álbum em língua espanhola "Canciones que amo".
Em 1998, foi diagnosticado câncer em Maria Rita. Roberto Carlos teve de
conciliar a gravação do disco anual e o apoio à esposa internada em São Paulo.
"Seu disco anual", que quase não foi lançado, tinha apenas quatro
canções inéditas, entre elas "O Baile da Fazenda", uma parceria com
Erasmo Carlos e que contou com a participação especial de Dominguinhos. Em
1999, o agravamento do estado de saúde de Maria Rita, seguido de sua morte em
dezembro daquele ano, fez com que o cantor deixasse de apresentar o tradicional
especial de final de ano na Rede Globo e não gravasse o disco anual. A
gravadora Sony acabou lançando "Os 30 Grandes Sucessos (Vol. 1 e 2)",
uma coletânea dupla com os maiores sucessos da carreira de Roberto e uma
faixa-inédita, a religiosa "Todas as Nossas Senhoras", escrita com
Erasmo.
Anos 2000 - presente
Depois de um período de reclusão, Roberto Carlos retomou sua carreira com a
turnê "Amor Sem Limite", inaugurada em Recife, em novembro de
2000[9][10], título da canção - feita em homenagem a Maria Rita - de maior
destaque no álbum lançado em dezembro daquele mesmo ano. Ainda naquele ano, o
cantor rompeu o contrato com a gravadora Sony (ex-CBS), após 39 anos de
parceria.
Em 2001, Roberto recebeu inúmeras homenagens pelo 60º aniversário e gravou o
álbum "Acústico MTV", depois de meses de negociações entre a Rede
Globo e a MTV Brasil. O álbum trouxe14 releituras em versão acústica para
antigos sucessos, alguns cantados com a participação de artistas como Samuel
Rosa, do Skank (em "É Proibido Fumar"), Tony Bellotto, dos Titãs (em
"É Preciso Saber Viver"), entre outros.
No ano seguinte, Roberto Carlos foi acusado pelo maestro Sebastião Braga de
plagiar a melodia da sua composição "Loucuras de Amor" em "O
Careta", de 1987. Também foi lançado o DVD "Acústico MTV" [20],
que logo seria retirado de circulação devido a problemas contratuais. Em
comemoração aos 90 anos do bondinho do Pão de Açúcar, o cantor fez uma
apresentação para 200 mil pessoas no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
No final de 2003, ele fez uma apresentação no Ginásio do Maracanãzinho, de onde
foram gravadas imagens para o tradicional especial natalino na Rede Globo e
também divulgado "Pra sempre", álbum todo dedicado a Maria Rita. Com
nove canções inéditas, o disco contou com "O Cadillac" (única escrita
com Erasmo), "Acróstico" (cujas primeiras letras dos versos formam a
frase "Maria Rita meu amor") e faixa-título "Pra Sempre".
Em janeiro de 2004, Roberto fez um show no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo,
como parte das comemorações dos 450 anos da cidade. Em outubro do mesmo ano, o
cantor lotaria o Estádio do Pacaembu, também na capital paulista, na
apresentação do show "Pra Sempre" e que seria lançado em DVD. Após
iniciar tratamento terapêutico, ele também reconheceu publicamente sofrer de
transtorno obsessivo-compulsivo, síndrome que o levou a um comportamento
excessivamente supersticioso e o fez abandonar do repertório dos espetáculos
canções famosas "Café da Manhã", "Outra Vez" e "Quero
Que Vá Tudo Pro Inferno". Em entrevista coletiva, admitiu que poderia
voltar a cantá-las, demonstrando os resultados do tratamento. No final desse
ano, comemorou o 30º aniversário do primeiro especial para a Rede Globo e foi
lançado o primeiro volume de sua discografia, em uma caixa por década, que
reúne seus discos em formato mini-LP e sonoridade remasterizada.
Em 2005, o Jornal do Brasil organizou uma votação sobre discos que emplacaram
diversos sucessos ao mesmo tempo na música brasileira. Os primeiro e o segundo
lugares ficaram com Roberto Carlos, com "Roberto Carlos em Ritmo de
Aventura", de 1967 (com sucessos como "Eu Sou Terrível",
"Quando" e "Como É Grande O Meu Amor Por Você") e
"Roberto Carlos", de 1977 (com sucessos como "Amigo",
"Outra Vez", "Cavalgada", "Falando Sério" e
"Jovens Tardes de Domingo"). Ainda nesse ano, chegou a um acordo com
o maestro Sebastião Braga, que o acusava de plagiar uma canção sua. Apesar do
sucesso de vendas, os trabalhos recentes de Roberto Carlos continuam a
desagradar à crítica, que o considera repetitivo. Ainda naquele ano, recebeu
uma indicação e venceu o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música
Romântica, pelo álbum "Pra Sempre Ao Vivo no Pacaembu".
A polêmica biografia de RC, à venda mesmo depois da apreensão judicial (foto de
André Oliveira/flickr)Em dezembro de 2006, foi lançado "Duetos", CD
com 14 faixas e DVD com 16 números, que apresentava momentos tirados dos
especiais gravados para a Rede Globo desde a década de 1970. No mesmo período,
a Editora Planeta lançou o livro "Roberto Carlos Em Detalhes", de
Paulo Cesar de Araújo, uma biografia não-autorizada sobre o cantor, resultado
de uma pesquisa ao longo de 16 anos e reuniu depoimentos de cerca de 200
pessoas que participaram da trajetória de Roberto. Roberto Carlos repudiou a
publicação, alegando haver nela inverdades, e anunciou sua intenção de retirar
de circulação a obra. Ainda neste ano Roberto Carlos ganha o Grammy Latino pelo
melhor álbum de música romântica (Álbum “Roberto Carlos”, 2005)
Em janeiro de 2007, o cantor fez uma viagem à Espanha, onde gravou o primeiro
álbum em espanhol em uma década. A Justiça deu ganho de causa a Roberto Carlos
e o livro "Roberto Carlos em Detalhes" foi retirado das lojas ao
final de fevereiro de 2007.[28] Em 27 de abril de 2007, após longa audiência no
Forum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, foi determinado o recolhimento de
todos os exemplares do livro.[29] Em junho, fez apresentações no Canecão. Além
de participações especiais dos cantores Gilberto Gil e Zeca Pagodinho, dos
jornalistas Nelson Motta e Leda Nagle e atores e atrizes consagrados, o
repertório do show contou com a íntegra de "É Preciso Saber Viver",
canção cujo verso "se o bem e o mal existem" o cantor se recusava a
cantar fazia muito tempo, em função do TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo),
de que falou descontraído e apontando melhoras. No final de julho, Roberto Carlos
submeteu-se a uma cirurgia plástica para corrigir uma cicatriz do lado direito
do pescoço, resultado de um acidente de carro que o cantor sofreu em julho de
1964, em Três Rios (Rio de Janeiro) - quando o automóvel que dirigia capotou e
Roberto levou 16 pontos.
site: www.robertocarlos.com/
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